38 comentários
A estrela de Fred brilhou mais que a de Barcos neste domingo. No placar dos artilheiros, o do Fluminense fez dois gols, contra um do centroavante do Palmeiras. No total, 3 a 2: título do Tricolor, desespero do Verdão. Mas os dois times, em momentos tão diferentes, mostraram que têm um ponto forte em comum. Quando a situação aperta, os donos da camisa 9 sabem o que fazer com a bola.
Em Presidente Prudente, Fred levou a melhor. O campeão brasileiro chegou aos 19 gols e aumentou sua vantagem na tabela de goleadores. O desesperado Barcos foi a 14.
O duelo começou com um aperto de mão e um cordial abraço. Segundos depois, Barcos erraria um passe logo na saída de bola, irritando uma torcida que já foi ao Prudentão desconfiada. Mesmo assim, o Pirata começou o jogo mais ativo, buscando a bola no meio-campo, já que Obina entrou como centroavante. Do outro lado, Fred era vigiado de perto por Maurício Ramos, que colou no rival.
saiba mais
Enquanto as chances mais claras não apareciam, os artilheiros ajudavam nas defesas. Barcos e Fred cortaram cruzamentos, deram chutões para a frente. Deram exemplo para seus companheiros. O tricolor teve a primeira oportunidade aos 12 minutos: cruzamento na medida, e cabeçada que exigiu grande defesa de Bruno.
A resposta veio imediata, mas Barcos perdeu um gol que não costuma perder. Cruzamento perfeito de Marcos Assunção, e o Pirata mandou a bola por cima, mesmo na pequena área. Pequenos detalhes que acabariam fazendo a diferença no final.
Detalhes que Fred soube trabalhar bem. Uma antecipação mais precisa e a colocação perfeita na pequena área renderam uma bola na trave e o gol que abriu o placar no Prudentão, aos 45 do primeiro tempo. Quando Wellington Nem girou para bater no gol, o artilheiro já se afastou de dois marcadores e ficou sozinho, esperando um rebote de Bruno que viria limpo para o seu pé direito.
– Jogamos o nosso jogo e buscamos o gol, muito bom ele ter saído no primeiro tempo. Mas é preciso ter cuidado com o Palmeiras, nada está ganho – disse Fred, na saída para o intervalo.
Fred comemora com Wellington Nem, Thiago Neves e Carlinhos (Foto: Ricardo Ayres / Ag. Photocamera)
O artilheiro é a cara desse Fluminense campeão porque tem ambição, tem vontade de ser o melhor em tudo. Tanto que ele comemorou o segundo gol logo no início da segunda etapa, em bola cruzada por ele e desviada por Maurício Ramos. Fred queria a autoria do gol, esperneou com o árbitro Leandro Vuaden, mas ele deu o gol contra do zagueiro palmeirense.
A vantagem do Fluminense era muito grande. E só aí Barcos despertou. Muito irritado com os erros dos companheiros, o Pirata resolveu tentar tudo sozinho. Chute de fora da área, tentativas de dribles para cima de dois, três defensores ao mesmo tempo... O gol só saiu na marra, aos 15 minutos, depois de um bate-rebate. Com a bola nas mãos, o artilheiro fez sua comemoração característica, com uma mão tapando um olho, e a outra levantada, com punho cerrado.
Hernán Barcos lamenta chance desperdiçada
Quando Patrick Vieira empatou o duelo, minutos depois, foi Barcos quem pegou a bola mais uma vez e levou para o círculo central. Fred fez cobranças, não queria o time recuado. Queria ser logo campeão brasileiro.
Aí apareceu a principal diferença entre os dois artilheiros: o do Flu tem companhias bem melhores. Com um passe preciso de Jean, Fred fez seu segundo gol no jogo e decretou o título tricolor. As rodadas finais vão servir só para ele tentar se manter como artilheiro máximo do Brasileirão.
Por outro lado, Barcos está com um problema bem maior nas mãos. À beira da Série B, o Palmeiras se apega a ele para tentar um milagre cada vez mais improvável. Cabisbaixo e sem querer conversar com os jornalistas, ele foi a representação de um time que já não acredita tanto na salvação.
Nenhum comentário:
Postar um comentário