No decorrer de uma semana, teve encontros com autoridades religiosas, políticos e representantes da sociedade civil, a quem repetiu pedidos pelo fim das desigualdades sociais e de atenção aos jovens e idosos. Ainda no avião, ele alertou para o risco de se criar uma geração "que nunca trabalhou".
Na quarta-feira, 24, foi a Aparecida, interior de SP, para celebrar missa na Basílica. Na quinta-feira, de volta ao Rio, ele visitou a Favela da Varginha. Em meio a um forte esquema de segurança, mas sem deixar de cumprimentar e abençoar fiéis pelo trajeto, o pontífice fez críticas à estratégia de "pacificação" das favelas no Rio de Janeiro e disse apoiar as manifestações. No mesmo dia, a Prefeitura do Rio e a organização da Jornada anunciaram a transferência dos eventos finais da JMJ para a praia de Copacabana. Em razão das chuvas, o Capus Fidei, no bairro de Guaratiba, virou um lamaçal e ficou inviabilizado.
Os últimos dias da Jornada levaram cerca de 3 milhões de pessoas à orla de Copacabana, número recorde em eventos da cidade, segundo a Prefeitura. A mudança dos eventos complicou o cotidiano dos peregrinos no Rio, em especial no bairro de Copacabana, que precisavam enfrentar longas filas e espera de horas para conseguir entrar nas estações de metrô ou pegar ônibus.
Durante a visita do papa, manifestantes continuaram nas ruas em protestos contra o governador Sérgio Cabral (PMDB), contra gastos da Copa e em apoio aos direitos da mulher. Atos no começo da semana terminaram em confronto. Em resposta, o governador chegou a decretar a criação de uma comissão para investigar crimes ocorridos durante as manifestações. O texto, porém, causou polêmica por dar poder ao Estado de quebrar sigilos telefônico e de internet sem autorização judicial. Diante da reação negativa da proposta, criticada por juristas e especialistas, Cabral recuou e informou que o decreto seria revisa
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