quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Bela festa e atuação impecável: Chape escreve mais uma página na história


Desde o apoio da torcida ao receber a delegação até o apito final, tudo funciona em noite para o Verdão alcançar nova façanha e alçar a imagem no cenário internacional

Por Chapecó, SC
Chapecoense x Junior Barranquilla (Foto: Diego Carvalho/Aguante)Festa grande depois do terceiro gol da Chapecoense, de Thiego (Foto: Diego Carvalho/Aguante)
Uma conquista por ano. Tem sido assim a história recente da Chapecoense. Depois da chegada à Série A, o torcedor alviverde segue comemorando façanhas. Primeiro, em 2014, a manutenção do time na elite e vaga para a primeira disputa da Copa Sul-Americana. Na temporada passada, o clube chegou às quartas de final do torneio internacional e venceu o River Plate em casa - acabou eliminado no placar agregado. 
Agora, em 2016, a Chape vai pela primeira vez à semifinal de uma competição continental. Está entre os quatro melhores da Sul-Americana e tem a tarefa de representar o Brasil na disputa, depois da eliminação do Coxa para o Atlético Nacional, também da Colômbia. Um feito merecido, ainda mais depois da histórica noite de 26 de outubro, quando aplicou 3 a 0 diante do Junior de Barranquilla, na partida de volta das quartas de final.
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+ FOTOS: Chape é recebida com festa pela torcida antes de pegar o Junior

Como em uma sinfonia, tudo ocorreu perfeitamente dentro do orquestrado. O clube usou pela primeira vez canhões de luz com as cores do clube para fazer um bonito show antes do apito inicial. A torcida compareceu em bom número, com público superior a 13 mil pessoas na Arena Condá, apesar da forte chuva na região. Empurrou o time desde a saída do ônibus do hotel até a chegada do grupo alviverde no estádio. Com foguetório, o torcedor pintou as ruas de Chapecó de verde e branco. O grande apoio continuou com a bola rolando. 
Daí era a vez do time entrar em cena. A missão era de reverter o 1 a 0 feito pelo Junior na Colômbia. Com pressão desde o início e com um desempenho irretocável, o Verdão fez o desafio parecer fácil. Dominou o jogo, o goleiro Danilo praticamente não teve trabalho, e o ataque não parou. Resultado: vitória consistente de 3 a 0 e classificação inédita. 
Chapecoense torcida recepção (Foto: Laion Espíndula)Recepção bela da torcida na chegada ao estádio (Foto: Laion Espíndula)
Um triunfo que orgulha a região Oeste de Santa Catarina e que, principalmente, motiva a Chape a sonhar com algo maior na própria Sul-Americana. Agora, o desejo é alcançar a final. E, quem sabe, ser o primeiro clube catarinense a conquistar um título internacional. 
- Acho que está criando isso (espírito copeiro). Vai ficando com essa imagem. Vai ficando difícil para o adversário. Queria ressaltar a torcida. Estou há mais de 30 anos no futebol. Foi um dos momentos mais emocionantes quando chegamos ao estádio. A forma como eles vibravam. Vi muita criança, muita família. Isso tudo é muito bom. Já estamos marcando história. Chegar até aqui é história. E já estamos mirando a chance de sentir o sabor de chegar a uma final - disse o técnico Caio Júnior, em entrevista coletiva. 
Com a classificação, o time verde e branco espera o vencedor do confronto entre San Lorenzo e Palestino. No jogo de ida, o time argentino venceu os chilenos em casa por 2 a 0. O segundo jogo acontece nesta quuinta, às 22h. As partidas da próxima fase serão nos dias 2 e 23 de novembro. 
Chapecoense x Junior Barranquilla (Foto: Marcio Cunha)Gol de Ananias abriu o placar e deu início à classificação da Chape (Foto: Marcio Cunha)

Após falhas e lesões, Victor se destaca e volta a operar "milagres" pelo Galo


Goleiro faz quatro defesas difíceis contra o Internacional e foi peça fundamental para o Atlético-MG vencer em Porto Alegre, trazendo boa vantagem para o segundo jogo

Por Belo Horizonte
Victor; Atlético-MG (Foto: Reprodução/ TV Globo)Contra o Internacional, Victor teve mais uma grande atuação (Foto: Reprodução/ TV Globo)
Quando o momento é de decisão, um homem que ganhou status de santo no Atlético-MG, aparece e começa a operar os seus "milagres" em favor de uma legião de devotos alvinegros. Com o pé esquerdo ou com as mãos, Victor é o ponto de confiança nos momentos de maior dificuldade para os atleticanos acreditarem nos títulos.
O pênaltis defendidos contra Tijuana, Newell's Boys e Olímpia, todos na histórica conquista da Libertadores 2013, ainda estão bem claros na memória dos torcedores do Atlético-MG. E agora, quando o time atleticano está em busca do bicampeonato da Copa do Brasil, o camisa 1 volta a ser uma das esperanças. No Beira-Rio, navitória do Galo por 2 a 1, no jogo de ida da semifinal, foi o destaque do time com quatro boas defesas.
Na atual temporada, o time atleticano ainda não conquistou nenhum título. Victor também não teve o seu melhor ano. Duas lesões, uma no joelho e outra na região lombar, atrapalharam o 2016 do camisa 01. As falhas apareceram, como contra o Fluminense, na derrota do segundo turno do Campeonato Brasileiro. Até as saídas de bola com os pés foram questionadas, mas quando chegou a hora da decisão, veio a volta por cima.
Os milagres de Victor começaram contra o Juventude, nas quartas de final. Em Caxias do Sul, Victor fez grandes defesas no tempo normal, segurando a derrota por 1 a 0, que forçou a disputa de pênaltis. E depois nas penalidades, defendendo duas cobranças e sendo o principal responsável pela classificação. Na semifinal, Victor fez quatro grandes defesas contra o Internacional, sendo fundamental na vitória sobre o Colorado.
Jogadores do Atlético-MG (Foto: Bruno Cantini / Atlético-MG)Victor, ao centro, foi um dos destaques do time na partida contra o Internacional (Foto: Bruno Cantini / Atlético-MG)
A primeira grande intervenção foi em cabeçada Aylon, que subiu no meio da defesa do Galo em escanteio cobrado por Alex e obrigou o goleiro a fazer grande defesa. No rebote ainda viu Paulão isolar a bola.

Logo depois, Paulão deu um chutão para o ataque, William desviou e quase surpreendeu Victor, mas ele conseguiu se recuperar e evitar o empate.

Com o Galo ainda em vantagem, Victor voltou a vencer um duelo contra o lateral Colorado. William ajeitou e bateu colocado da entrada da área, mas o camisa 1 atleticano voou para espalmar a bola.

Quando Fábio Santos falhou e cometeu pênalti, o goleiro nada pode fazer para evitar que a boa cobrança de William entrasse, mas com o placar mostrando 1 a 1, ele voltou a trabalhar bem. Em contra-ataque, Vitinho invadiu a área e mandou a bomba, mas Victor espalmou para escanteio, evitando a virada.

Grêmio aplica "Mineirazo" com pintura de Luan e "aula" sobre o Cruzeiro


Tricolor vence por 2 a 0 no Mineirão, nesta quarta-feira, com gols de Luan e Douglas e abre vantagem no jogo de ida da semifinal da Copa do Brasil

Por Porto Alegre
CARROSSEL - Pacotão do Grêmio (Foto: GloboEsporte.com)Grêmio vence com aula e pintura no Mineirão
(Foto: GloboEsporte.com)
A vitória por 2 a 0 sobre o Cruzeiro e a larga vitória obtida no jogo de ida da semifinal da Copa do Brasil saltaram aos olhos dos gremistas nesta quarta-feira. Mas também soam simplórias diante da atuação de gala, uma aula de futebol apresentada pelo Grêmio diante de um Mineirão lotado.
O início, é bem verdade, até começou torto. Logo no primeiro minuto de partida, Luan acertou uma bolada no rosto de Edílson. No lance seguinte, o lateral entregou a bola para De Arrascaeta, que quase abriu o placar, não fosse grande defesa de Marcelo Grohe. 
Mas as peças logo se encaixaram, e o Tricolor passou a dominar o jogo, com toque de bola envolvente. Assim, de pé em pé, os gaúchos abriram o placar com uma pintura de Luan e se mantiveram soberanos mesmo com a saída do capitão Maicon, com dores no pé direito. Prova disso? Douglas selou o 2 a 0, de pé direito.
> Confira abaixo os lances da Vitória do Grêmio sobre o Cruzeiro:
FOGO AMIGO


Golaço à parte, Luan iniciou a partida com uma lambança em um lance no mínimo curioso. Logo no primeiro minuto de jogo, o camisa 7 tentou chutar a bola para a lateral em uma dividida no campo de ataque, mas acabou acertando uma bomba no rosto de Edílson.
QUE ISSO?


Por falar em lambança, a bolada parece ter afetado momentaneamente Edílson. No minuto seguinte, o lateral errou em frente à área e deu um presente a De Arrascaeta. O gringo invadiu a área e bateu cruzado. Após desvio, Grohe fez a defesa.
PINTURA

Após suportar a pressão inicial do Cruzeiro, o Grêmio colocou a bola no chão. A equipe trocou passes por mais de um minuto até Luan receber na entrada da área. Aí, prevaleceu o talento. O camisa 7 mandou por cobertura e acertou o ângulo. Uma pintura.
PREOCUPAÇÃO


Além da festa pelo triunfo por 2 a 0, o Grêmio também deparou com um momento de preocupação. Maicon sentiu o pé direito ainda no primeiro tempo e foi substituído por Jailson no intervalo. O capitão até retornou, mas para ficar à beira do campo, no banco, com uma proteção no local.
DE PÉ DIREITO, DOUGLAS?


O retorno de Douglas foi saudado pelos gremistas. E o camisa 10 tratou de retribuir a confiança não com as costumeiras pifadas, mas com bola na rede. Após receber de Ramiro dentro da área, o meia teve calma para anotar o segundo tento com o pé direito, que não é seu preferencial.