Foram retomadas no início da manhã desta terça-feira (30) as negociações com os detentos da Casa de Custódia de Maringá (CCM) que iniciaram uma rebelião na tarde de segunda-feira (29). As conversas dos revoltosos com a polícia haviam sido suspensas durante a noite.
A rebelião iniciou-se por volta das 14h30 quando sete agentes penitenciários foram feitos reféns. No final da tarde, um deles foi libertado e encaminhado para o Hospital Metropolitano, em Sarandi, região metropolitana de Maringá, com ferimentos leves após ser agredido com estocadas. Outro agente foi solto no fim da noite, apenas com escoriações.
De acordo com a Polícia Militar (PM), os cerca de 90 rebelados estão concentrados no bloco 3 da CCM. Os presos reclamam da alimentação e do tratamento - segundo eles, truculento - dos agentes com os familiares nos horários de visitas. Também pedem melhorias nos serviços de assistência médica, jurídica e social, além da ampliação do programa de artesanato, hoje restrito a duas alas.
As exigências foram apresentadas às autoridades por dois detentos, supostamente líderes do movimento. Além do diretor da CCM, João Vitor, representantes dos comandos da 9ª Subdivisão Policial (SDP), do 4º Batalhão da Polícia Militar (BPM) e do 5º Grupamento do Corpo de Bombeiros participam das negociações.
Desde o início da rebelião, dezenas de parentes e amigos de presos e funcionários aguardam por notícias nas imediações da CCM. Também é grande a movimentação de profissionais no local.
Equipes da Polícia Militar permanecem de prontidão em frente à unidade. Três viaturas da Tropa de Choque e três da Rondas Ostensivas Tático Móvel (Rotam) estão posicionadas no local. O comando do 4º BPM solicitou o apoio de policiais militares de Campo Mourão, Cianorte e Paranavaí. A Tropa de Choque de Londrina também foi enviada na noite de ontem.
A Casa de Custódia tem capacidade para 654 presos, mas hoje abriga 636.
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