quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

70 mortes, Polícia egípcia não agiu por medo dos torcedores, diz diretor do estádio




A Polícia não agiu para tentar evitar a maior tragédia do futebol egípcio, que deixou 74 mortos na última quarta-feira, porque teve medo dos torcedores, assegurou o diretor do estádio da cidade de Port Said, Mohamed Yunis.

- Os policiais não agiram porque tiveram medo. Limitaram-se a olhar porque temiam ser linchados - assinalou Yunis no estádio, onde ainda há garrafas, cadeiras arrancadas e sapatos espalhados.


Yunis antecipou ainda que as investigações nas instalações esportivas terão início em breve.

A selvagem batalha entre os torcedores do clube local de Port Said, Al Masry, e os de seu rival, o Al Ahly, do Cairo, começou logo após o árbitro apitar o final da partida vencida por 3 a 1 pelo time da casa.

Yunis assinalou que desde a semana passada os torcedores das duas equipes vinham se provocando nas redes sociais.

Segundo contou Yunis, Hosam Mohamed Mustafa, os torcedores do Al Masry lançaram ameaças de morte aos torcedores e jogadores do time rival desde o início do jogo, e no final invadiram o campo para persegui-los.

Nesta manhã de quinta, a calma voltou ao estádio e a suas imediações, de onde ainda não foram retirados alguns veículos carbonizados durante os distúrbios.
 

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