SÃO PAULO - O Bradesco apresentou no terceiro trimestre do ano um lucro líquido de R$ 3,236 bilhões no terceiro trimestre, queda de 21,5% ante mesmo período de 2015. A queda decorre principalmente devido aos efeitos da incorporação do HSBC no Brasil. Já o resultado acumulado em 2016 até setembro foi de R$ 11,492 bilhões, recuo de 10,5%.
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— Independente do lucro do trimestre apresentado, estamos em um período de transição, em que eventos extraordinários, como a provisão para devedores duvidosos excedente e o arrasto da carteira do HSBC tiveram efeito. A integração é um momento de passagem — disse o presidente da instituição, Luiz Carlos Trabuco.
O HSBC no Brasil foi incorporado em julho, mas a migração da base de clientes ocorreu no dia 8 de outubro. O executivo destacou os efeitos dessa operação, com um maior número de despesas, sendo que os ganhos de sinergia só irão aparecer nos próximos trimestres.
Ao considerar o resultado recorrente, que não inclui fatores extraordinários como a incorporação do HSBC, o lucro do Bradesco foi de R$ 4,462 bilhões no trimestre, recuo de 1,6% sobre um ano antes.
A carteira de crédito da instituição fechou setembro em R$ 521,77 bilhões, um aumento de 10% em 12 meses. Esse aumento, no entanto, decorre da entrada, no terceiro trimestre deste ano, das operações que eram do HSBC. Sem esse feito, a carteira do Bradesco seria de R$ 441,99 bilhões, recuo de 6,8% ante setembro de 2015.
O índice de inadimplência acima de 90 dias subiu para 5,35% no terceiro trimestre, ante 4,6% no trimestre anterior e 3,8% em igual etapa de 2015. Sem o HSBC, o índice teria chegado a 5,22%.
De julho a setembro, a despesa do Bradesco com provisão para perdas esperadas com calotes atingiu R$ 5,742 bilhões, aumento de 49,1% em 12 meses, número fortemente influenciado por maiores provisões para a carteira do HSBC. Trabuco explicou que essa alta ocorre porque no caso de alguns clientes que foram incorporados, a nota de crédito era melhor no HSBC, ao fazer a incorporação, foi utilizada o rating do Bradesco, pior, e por isso a necessidade de aumentar as provisões.
O banco teve rentabilidade anualizada sobre o patrimônio líquido de 17,6% no período, queda de 3,1% sobre um ano antes
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